O TikTok, a plataforma de vídeos curtos que conquistou 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, está no centro de uma trama digna de um thriller político em 2025.
Com o prazo final para um possível banimento marcado para 5 de abril, o presidente Donald Trump intensifica esforços para evitar que o aplicativo desapareça do mercado americano. Mas o que está por trás dessa saga? E como gigantes como Amazon e AppLovin entram na jogada? Vamos mergulhar nessa história que mistura tecnologia, política e interesses globais.
A Contagem Regressiva para o Banimento
Tudo começou com uma lei aprovada em 2024, que exigiu que a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, vendesse suas operações nos EUA até 19 de janeiro de 2025, sob pena de banimento por questões de segurança nacional.
Trump, no entanto, deu uma sobrevida ao app ao assinar uma ordem executiva que estendeu o prazo por mais 75 dias, levando a data limite para 5 de abril. Agora, com o relógio correndo, o presidente parece determinado a encontrar uma solução que mantenha o TikTok vivo – e, ao mesmo tempo, agrade seus eleitores mais jovens.
A pressão é alta… O TikTok não é apenas um fenômeno cultural; é uma ferramenta poderosa de entretenimento e influência. Mas os temores de que o governo chinês possa usar o aplicativo para coletar dados de americanos ou manipular narrativas continuam a assombrar Washington. É nesse contexto que Trump está jogando suas cartas, e ele não está sozinho na mesa.
Amazon e AppLovin na Disputa
Entre os potenciais salvadores do TikTok, dois nomes se destacam: Amazon e AppLovin. Segundo o Wall Street Journal, a Amazon, gigante do comércio eletrônico, sinalizou interesse em adquirir o TikTok, vendo na plataforma uma oportunidade de turbinar sua presença no mercado de vídeos curtos e compras online. Imagine o potencial: vídeos virais do TikTok levando diretamente a compras no site da Amazon. Seria um casamento perfeito entre entretenimento e e-commerce.
Já a AppLovin, uma empresa de tecnologia móvel avaliada em cerca de US$ 100 bilhões, também entrou na corrida. Com apoio do magnata dos cassinos Steve Wynn, um doador de Trump, a AppLovin argumenta que pode resolver as preocupações de segurança nacional enquanto impulsiona a economia americana com novos empregos. Sua proposta? Usar sua expertise em dados e IA para manter o TikTok funcionando sem depender da ByteDance.

Mas há um obstáculo: a ByteDance e o governo chinês precisam aprovar qualquer acordo. E a China já deu sinais de que não está disposta a abrir mão do algoritmo que faz o TikTok tão viciante. Isso complica as negociações e coloca Trump em uma posição delicada.
Trump e a Estratégia das Tarifas
Para adoçar o negócio, Trump está apostando em uma tática ousada: oferecer alívio nas tarifas impostas à China em troca de um acordo favorável. Conforme reportado pela Politico, essa ideia foi recebida com ceticismo por legisladores em Capitol Hill, que temem que o plano comprometa a lei original e deixe brechas para a influência chinesa. “Ridículo”, disse um parlamentar não identificado à publicação, refletindo a frustração de quem vê o TikTok como uma ameaça persistente.
Ainda assim, Trump segue firme. Em 2 de abril de 2025, fontes próximas ao governo indicaram que ele planeja anunciar uma decisão em breve, possivelmente envolvendo a criação de uma “TikTok America” – uma nova entidade que manteria a ByteDance como acionista minoritária, mas com supervisão americana. A Associated Press relatou que empresas como Oracle e Perplexity AI também estão na mesa de negociações, sugerindo um leque de opções que Trump está explorando.
O Que Está em Jogo?
O desfecho dessa história terá impactos profundos. Se o TikTok for banido, milhões de criadores de conteúdo, empresas e usuários perderão uma plataforma essencial. Por outro lado, um acordo bem-sucedido poderia redefinir o equilíbrio entre tecnologia, segurança e comércio global. Para a Amazon, seria uma chance de dominar ainda mais o mercado digital. Para a AppLovin, uma oportunidade de se firmar como protagonista no cenário tech.
Enquanto isso, os usuários do TikTok assistem ansiosos. Será que seus vídeos de dança e memes sobreviverão ao turbilhão político? A resposta deve vir nos próximos dias, à medida que Trump, ByteDance e os potenciais compradores correm contra o tempo.
Um Final Ainda em Aberto
O destino do TikTok nos EUA em 2025 é uma incógnita que mistura interesses econômicos, tensões geopolíticas e o poder da cultura digital. Com Trump no comando, Amazon e AppLovin na disputa, e a China como peça-chave, o que temos é um enredo imprevisível. Fique de olho: os próximos capítulos prometem ser tão cativantes quanto os vídeos que rolam na sua For You Page.