No dia 22 de abril de 2025, o Paris Saint-Germain enfrentou o Nantes no Stade de la Beaujoire, em partida atrasada da 29ª rodada da Ligue 1, e ficou no empate por 1 a 1. Com gols de Vitinha para o PSG e Douglas Augusto para os anfitriões, o jogo marcou a quebra de um recorde histórico.
O PSG alcançou 39 partidas consecutivas sem derrota como visitante nas cinco grandes ligas europeias, superando o AC Milan de 1991-1993.
Apesar do resultado, os parisienses seguem na liderança isolada do campeonato e na busca por uma temporada invicta, enquanto o Nantes ganhou um ponto crucial na luta contra o rebaixamento. Confira os principais momentos e a análise dessa noite histórica.
O Jogo: Equilíbrio e Um Recorde Histórico
O confronto foi marcado por protestos da torcida do Nantes contra o adiamento da partida, originalmente planejada para não sobrecarregar o PSG entre os jogos das quartas de final da Champions League contra o Aston Villa. Em campo, o ritmo foi lento, com o PSG controlando a posse, mas sem a habitual fluidez. O Nantes, treinado por Antoine Kombouaré, apostou em uma defesa sólida e contra-ataques, dificultando a vida dos campeões.
Primeiro Tempo: Vitinha Abre o Placar
O PSG dominou a posse de bola, mas criou poucas chances claras nos primeiros 45 minutos. Aos 33 minutos, o português Vitinha, em tarde inspirada, recebeu passe de Lee Kang-in e acertou um chute rasteiro de meia distância, vencendo o goleiro Carlgren. O gol deu tranquilidade aos parisienses, mas o Nantes respondeu com tentativas tímidas, como um chute de Matthis Abline, bem defendido por Gianluigi Donnarumma. O intervalo chegou com 1 a 0 no placar e um jogo morno.
Segundo Tempo: Nantes Empata e Donnarumma Salva
Na etapa final, o Nantes voltou mais agressivo. Aos 64 minutos, uma falha de Vitinha no meio-campo permitiu um contra-ataque, e Douglas Augusto, com um chute preciso de canhota, empatou o jogo. O PSG tentou reagir, com substituições como Ousmane Dembélé e Khvicha Kvaratskhelia, mas esbarrou na grande atuação de Carlgren. Donnarumma também brilhou, com uma defesa crucial em cabeçada de Jean-Charles Castelletto, garantindo o empate. Nos acréscimos, Gonçalo Ramos acertou a trave, mas o placar não mudou.
Análise: PSG Histórico, Mas Abaixo do Ritmo
O empate não abalou a campanha dominante do PSG, que segue invicto na Ligue 1 com 20 vitórias e 10 empates, 23 pontos à frente do vice-líder Marseille. O recorde de 39 jogos sem derrota fora de casa é um marco impressionante, elogiado por Luis Enrique: “Superar o Milan é incrível, mas queremos mais.” Vitinha foi o destaque, apesar do erro no gol adversário, enquanto Donnarumma reforçou sua fase excepcional. No entanto, a passividade em alguns momentos preocupa, especialmente com a semifinal da Champions contra o Arsenal no horizonte.
O Nantes, 14º colocado com 31 pontos, comemorou o ponto que o mantém quatro pontos acima da zona de rebaixamento. Douglas Augusto e Carlgren foram os pilares dos Canaris, que repetiram o feito do Reims como os únicos a não perderem para o PSG na Ligue 1 2024/25. A torcida, apesar das faixas de protesto, saiu satisfeita com a garra do time.
O Que Vem Pela Frente?
O PSG volta a campo na sexta-feira, 25 de abril, contra o Nice, no Parc des Princes, mirando manter a invencibilidade e igualar o recorde de 32 jogos sem derrota do Nantes de 1994-95, que pode ser batido em 3 de maio contra o Strasbourg. Na Champions, a preparação para o duelo contra o Arsenal é prioridade. Já o Nantes enfrenta o Le Havre, em casa, buscando se afastar ainda mais do rebaixamento.
Por Que Este Jogo Importa?
O empate contra o Nantes não foi apenas mais um resultado: foi a consagração de um PSG histórico, que escreveu seu nome entre os gigantes da Europa com o recorde de invencibilidade fora de casa. Para o Nantes, o ponto é um alívio na luta pela permanência na elite. Em uma temporada marcada pela ausência de astros como Mbappé, Messi e Neymar, o time de Luis Enrique prova que coletivo e consistência podem fazer história. A Ligue 1 2024/25 segue sendo dominada pelos parisienses, mas cada jogo é um teste rumo ao sonho do título invicto.